"Keep embracing each day keep on yearning, keep on making mistakes just to keep on learning, keep on giving, you keep on wanting, keep on fighting, just get up every morning and try....just try"
"LOL" quantas e quantas vezes isto foi transmitido e na verdade ninguém estava sequer a sorrir?
Depois há os "smiles" que usamos em situações em que nunca faríamos essa cara, e para não falar dessas caras que nunca seríamos capazes de fazer.
(Sim estou à espera da foto.)
Mas não vim reclamar, acho até, que de tão confusas que as palavras podem ser, ter um "boneco" para demonstrar o sentido com que o diríamos, foi uma grande ideia.
Mas havia alguma mensagem na parte dos primeiros e ainda mais utilizados serem "yellow" e serem "smiles"?
O que distingue as coisas na minha memória são os pormenores e não o seu conteúdo principal, e é por isso que eu me perco a contar histórias e "pronto Rita, já percebemos que leu o livro".
Vai daí, se pretendem ter um bom resumo geral ou alguma surpresa com a obra em causa, cujo título original é "Karjolsteinen", não vos recomendo que continuem a ler isto.
Mas vou tentar ser breve:
Era uma vez um irmão que passou numa feira do livro (daquelas que há agora muitas vezes nos centros comerciais) e sabendo que a sua irmã iria parar por lá e procurar um, ele fez o mesmo, e escolheu o que lhe pareceu mais interessante.
- Olha comprei-te este livro por 1€, era o melhorzinho que lá estava e acho que se fosses tu também terias escolhido esse.
- Ah, obrigada. Duvido, mas por pior que seja aprende-se sempre alguma coisa. (Dito com cara de que foi uma atitude simpática, mas que ele nunca iria acertar nos seus gostos, crença que qualquer "código dos irmãos" explica.)
Assim passado algum tempo e terminados todos os seus livros pendentes, deu-lhe uma oportunidade e foi o seu livro preferido de 2013.
Porquê?
A história é sobre dois homens que se cruzam: um escritor socialista e um ex-padre luterano.
Os temas das vidas deles são o medo, a traição, a fé, a doença e a morte.
Um deles encontra um sentido quando tem a melhor semana da sua vida, que coincide com a última da sua mulher, e lhe preenche a alma, permanecendo num estado de felicidade e paz até ao fim dos seus dias.
O escritor está confuso, sente falta de inspiração para escrever e conhece a história do outro homem, mas quando regressa à sua vida, deseja apenas que "não me tirem esta inquietação".
E foi por isso que eu gostei do livro, porque fala sobre problemas comuns e não é um "guru" do otimismo e paz espiritual para nos fazer acreditar que não os teremos, deixando a mensagem de que é esse estado de incerteza que nos move.
É certo que o futebol é um negócio que rende mais e tem muito mais atenção, em muitos países, do que qualquer outro desporto.
Podia revoltar-me contra tal facto e explicar que há outros desportos igualmente merecedores de tamanho destaque.
Mas não vim fazer isso, pelo contrário (e apesar da minha preferência serem os relatos para rádio e os sinónimos que eles inventam) acho que existe um lado bastante positivo "na bola".
Os jogos de futebol e também os eventos religiosos, sobretudo nos meios mais pequenos em Portugal, foram e são das formas mais importantes de juntar as pessoas.
E é algo que vai para além da crença, porque mesmo que não se acredite nem numa coisa nem noutra, mesmo que haja quem leve as rivalidades demasiado a sério e algumas ideias sejam demasiado retrógradas, há um lado da vida em comunidade, alheio a isso, que poucas outras coisas conseguem fazer.